Pink Floyd Cover SP - Dark Side of The Oz
Tudo começou com um contato entre o MIS e o Paulinho (Paulo Madio), baixista do Pink Floyd Cover na época, se não me engano no final de 2011. A idéia era um projeto ousado, nunca feito por ninguém. Esse projeto era nada mais nada menos que colocar em prática o sincronismo entre o Dark Side of The Moon e o Mágico de Oz, a famosa lenda que por anos e anos gerava intriga entre os fãs de Pink Floyd.
A formação da banda na época era: Márcio Baravelli (Vocal e Guitarra), Paulo Madio (Baixo e Vocal), Luiz Fernando Gil (Guitarra e Vocal), José Luiz Rapolli (Bateria), eu (claro, no Teclado e Voz) e a Paula Altran (Vocal, em Great Gig in the Sky).
Foi ai que começou o meu trabalho como produtor e diretor musical nesse espetáculo. Na época, eu tinha apenas um MacBook, isso mesmo!!! Aquele branquinho com apenas 2GB de RAM e 160GB de HD, rodando o Cubase Pro 6 e o extinto B4 da Native (eu adorava esse VSTi), além do Komplete 6 (diga-se de passagem, todos originais).
Comecei importando o álbum inteiro para dentro do Cubase e desmembrei tudo. Analisei cada ponto das trilhas do DSOTM, calculei andamentos, timbres usados pelo Rick Wright… Foram quase três meses de trabalho intenso antes de começarmos a ensaiar com a banda. Além disso, foram incontáveis noites sem dormir, gravando, apagando, refazendo e gravando de novo as linhas adicionais de efeitos, teclados. A decisão foi de usar o notebook ao vivo conectado a uma Steinberg MR816CSX, usando a capacidade total de saídas dela (8 canais analógicos) e um mixer Yamaha com as 16 entradas usadas. Não tinha como conectar nem um “ipodzinho."
Na hora de ensaiar...“bam!!!” Começam os primeiros problemas de ordem técnica. A banda não estava acostumada a tocar o DSOTM inteiro, o sincronismo entre o vídeo e o áudio travou, e outros problemas mais… Tivemos dois ou três ensaios para trabalhar as emendas das músicas e consertar tudo o que era preciso. Tensão total, porque a coisa foi se acertar no último ensaio que era justamente um dia antes da apresentação.
Chega o grande dia, 11 de março de 2012, e já sabíamos que os ingressos para as sessões das 15h e das 17h30 haviam esgotado. Assim o MIS abriu uma sessão extra às 20h, com venda apenas no dia do evento. Isso aconteceu de novo em outras apresentações. Eu me lembro como se fosse ontém. A fila dobrava o quarteirão e muita, mas muita gente mesmo ficou de fora. Só para montar a minha parafernália, levava pouco mais de uma hora. Eu tinha todo um mapa de cabeamento, roteamento de vias auxiliares, configuração de saídas, timbres usados em cada música, etc. A tensão pairava no ar.
Todos nós, experientes, alguns tocando Pink Floyd há mais de vinte anos e eu, o caçula ou o “cara novo,” tocando há 11 anos com os caras. Mesmo assim, o frio na barriga fazia tudo aquilo parecer o nosso primeiro show. Naquele momento eu tive que coordenar as entradas das músicas, ficar esperto no que cada um estava fazendo, principalmente porque eu era o único que ouvia o “click" além do Zé Luiz que estava na bateria, depois conseguimos mandar o click para o Paulinho também.
Enfim, essas apresentações foram um marco e um sucesso. Depois disso fizemos outras apresentações no Café Piu Piu e no próprio MIS em 2012 e 2013. Em 2014, com nova formação, incluindo o Rafael Navarro (Baixo e Vocal) e o Tuti Bueno (Bateria) fizemos novamente no MIS e CineJóia (Cinesthesia), e em 2015, contando com o Denis Garcia (Guitarra e Vocal ) e com a Lya Mazzetto (Vocais em Great Gig in The Sky), tocamos no SESC, MIS e CineJóia. Todas as apresentações foram sempre um grande sucesso.
Em 2016, tive minha participação como produtor da banda, quando eles se apresentaram no MIS, contando com a seguinte formação: Denis Garcia (Guitarra e Vocal), Rafael Navarro (Baixo e Vocal), Tuti Bueno (Bateria), Eder Fernandes (Guitarra e Lap steel), Lya Mazzetto (Vocal), Marcio Porto (Teclado), Roger Troyjo (Vocal).